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TIPOS DE INCORPORAÇÃO: Consciente, Inconsciente e Semiconsciente na Umbanda e Candomblé

  • Foto do escritor: Nicole Delcastanhel Martins
    Nicole Delcastanhel Martins
  • 19 de nov. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 9 de jul.

Texto e ensinamentos ditados por Tatalorixá Pai Odési de Oxóssi - Ilê Asè Odé Omí


Preto velho de Umbanda conversando com Consulente

Esses dias conversando com um médium iniciante, ele me perguntou: Babá, como que a gente sabe se um médium é verdadeiro?

Reconheço que essa é uma pergunta muito comum...

E bastante feita pelos médiuns, principalmente, os que estão na fase de iniciação...

Pois, no anseio daqueles que querem acertar e seguir com seriedade e honestidade no desenvolvimento da mediunidade, a grande maioria sofre da grande dúvida cruel...

Onde nos dias de hoje é raríssimo a mediunidade inconsciente, onde muitos acreditam que esta seria a verdadeira mediunidade e a mais forte...

O que absolutamente não é verdade...

Transita com muita força nos pensamentos dos médiuns:

Ora, o médium pensa:

Eu senti arrepio, eu senti tontura, eu senti torpor e até senti alteração na voz, nos pensamentos e na sensibilidade...

Mas eu me lembrei de tudo... E também vi o que estava acontecendo... O que será isso? Será uma sugestão da minha cabeça? O médium se pergunta...

Será que eu sou um mistificador? Eles pensam...

Ou seria o tal animismo? O quer dizer, que a gente acha que está incorporado, que não tem nenhuma má fé e fingimento, mas na verdade, não está incorporado... É apenas uma alteração de consciência...




Meus queridos irmãos, aqui vão algumas dicas que vocês devem sempre guardar com carinho e com o tempo, vocês vão entender e vocês mesmos vão desenvolver o mecanismo de identificação de vocês mesmos, cada um com a sua particularidade.


Já de início, é muito válido esta preocupação...

Pois daí já se nota a própria consciência, a vontade de fazer o certo, a vontade de não enganar... Que é um comportamento muito positivo, daqueles que têm esse tipo de preocupação.


O médium dito verdadeiro, de boa essência, de bons princípios, tem com ele sim esse tipo de preocupação, afinal de contas, no que serviria uma incorporação falsa, marmoteira, sem princípios, sem respeito, sem caráter, apenas para fazer o teatro e ser aceito no meio...

Quando não, pior, a de querer parecer melhor do que os outros, o mais agraciado, o mais poderoso, o mais lembrado e o mais aceito pelos Orixás e Caboclos...

Vão aqui algumas verdades, que alguns não vão gostar de ler e de ouvir...


O médium que realmente sente a presença verdadeira de suas entidades, ele é humilde, ele é simples, ele é respeitoso, ele é solidário, ele é altruísta, ele é companheiro, ele é paciente, ele tem compaixão.
Carrega com ele uma alegria ímpar de ter sido honrado por aquela presença Divina iluminada.
O que, infelizmente, é muito ao contrário do que se vê por aí...

Onde, a preocupação maior dos médiuns mistificadores e falsos é de se apresentar como numa concorrência de modismos e poder, as melhores e mais caras vestes dos Santos, as maiores e mais caras contas e colares e turbantes. Verdadeiros bailarinos dos Terreiros... Que na grande maioria das vezes monitorados por zeladores de Terreiros nada sérios e ortodoxos que insuflam e aprovam este tipo de comportamento, dando assim uma conotação de que toda aquela apresentação circense é um grande Axé da Casa...

São estimulados e incentivados cada vez mais a agirem dessa forma por seus zeladores de pouca seriedade...


O médium que verdadeiramente experimenta a presença de uma Entidade Divina, ele não fica arrogante, ele não fica metido, ele não fica petulante, muito pelo contrário, o comportamento é de alegria por ter sentido na sua essência aquela presença.
Ele não se sente mais poderoso, mais forte, preferido...
O sentimento verdadeiro é o de nobreza, posicionamento e de tranquilidade, até com uma certa euforia, mas que não o deixa perder a noção do certo e do errado.

Portanto, vigiem em vocês mesmos esses tipos de comportamentos...

Não se deixem enganar e não enganem...

Fiquem tranquilos, concentrados, e pacientes...

Só assim haverá o contato verdadeiro dos Espíritos de Luz na sua essência.

Não se iludam com brilhos e festas, não que essas sejam situações ruins ou erradas...
Quando se é verdadeiro na mediunidade é sim, uma grande alegria e festa, onde é claro, queremos dar o nosso melhor para aquele visitante de nossa essência...

Não há nada de errado em querer fazer as coisas bonitas, alegres e prósperas...

Mas, acreditem, nunca que essas coisas sobressaem e são mais importantes do que o verdadeiro contato dos Espíritos de Luz com a sua essência, esse sim, é primordial, esse sim, deve vir primeiro, esse sim, é o verdadeiro Axé...

Mais vale um toco de vela com uma copo d´água com muita fé e Axé verdadeiro, do que um boi no rolete com prepotência e arrogância...

E lembrem-se...

Nossos Orixás e Caboclos não são prostitutas à venda e nem deslumbrados com nossas oferendas...

Eles são nossos amigos, parceiros, guardiões e Anjos que estão participando de nossas evoluções espirituais.

Que meu Pai Oxóssi e minha Mãe Oxum abençoe todos vocês.

Motumbá, motumbá axé, Mukuiú, Kolofé, Mojubá!

Pai Odèsi de Oxóssi, filho do Ilê Asè Omi Ewá de Mãe Senhora de Ewá - Salvador/Bahia

Tipos de Incorporação na Umbanda e Candomblé


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